Normas de contraponto rigoroso (duas e três vozes) [Atualizado]

Aqui se publica o texto de apoio com o enunciado das normas para o estudo do contraponto rigoroso a duas e a três vozes (versão de 15 de fevereiro de 2013).




Elementos para a correção das provas escritas de avaliação

A seguir se publicam elementos para a correção das provas escritas de avaliação realizadas em dezembro de 2012 tendo por base a prova [A] de ATC I e TAM II (Módulo IV), e a prova de ATC II. Nestes elementos de correção não se consideram as questões que implicam a escrita e a realização musical.

ATC I / TAM II (Mod IV) : Prova [A]

1.
  1. Clave de dó na 3.ª linha; 2 x punctum; 2 x podatus; climacus; podatus liquiscente; clivis duplamente pontuada; barra de inciso; 2 x scandicus subpunctis pontuado na última nota; barra de membro; scandicus pontuado na última nota; podatus subpunctis pontuado na última nota; scandicus subpunctis pontuado na última nota; tórculos; clivis; punctum formando pressus com clivis pontuado na última nota (pressus autentico); barra de período; guião; clave de dó na 3.ª linha; podatus; punctum; clivis formando pressus com outra clivis (pressus por assimilação); tórculos com episema horizontal na primeira nota e pontuado na última nota; barra de inciso; punctum; scandicus quilismático; 2 x clivis; podatus; punctum; tórculos com episema horizontal; punctum pontuado; barra de inciso; clivis; podatus; punctum; podatus; porrectus; guião; clave de dó na 3.ª linha; clivis duplamente pontuado; barra de frase; punctum; clivis; podatus subpunctis; punctum; clivis; podatus subpunctis; podatus formando pressus com um climacus (pressus por assimilação); climacus; podatus liquiscente; punctum pontuado; barra de membro; 3 x punctum; 2 x podatus; climacus; podatus; guião; clave de dó na 3.ª linha; clivis duplamente pontuado; barra de inciso; 2 x scandicus subpunctis; barra de membro; scandicus pontuado na última nota; podatus subpunctis pontuado na última nota; scandicus subpunctis pontuado na última nota; tórculos; clivis; punctum formando pressus com clivis pontuado na última nota (pressus autentico); e barra de período.
  2. Tetradus autêntico (modo VII). É tetradus pois a melodia termina na nota sol no hexacórdio do bequadro e a extensão é autêntica uma vez que a tessitura global utilizada é de oitava (igual ou superior a sétima) sobre a respetiva final.
  3. O 1.º inciso termina em sol tetratus no hexacórdio do bequadro com cadência modalmente não equívoca (cita a nota fá abaixo da final sol). O mesmo enquadramento modal se mantém nos dois incisos seguintes, i.e., até ao final do primeiro período. Simultaneamente se observam características que podem remeter para a extensão plagal do tetradus (no início do primeiro inciso, o uso da final sol como corda de recitação na entoação deste inciso), bem como para o tritus em fá (relação fá, lá, dó a meio do primeiro inciso, bem como o uso com alguma insistência da nota lá como corda de construção melódica, em especial no terceiro inciso). No 4.º inciso temos uma cadência modalmente equívoca na final sol de tetradus (hexacórdio do bequadro), bem como podemos observar algumas características que caracterizam a sua extensão autêntica (por exemplo, o uso da relação direta sol/ré e ré/sol, bem como o uso do ré como corda de construção melódica, o qual é dominante principal de tetradus autêntico). No 5.º e 6.º incisos (final de frase) voltamos a ter cadências em sol tetradus, ambas de carácter não equívoco uma vez que o grau abaixo da final é citado nestes dois incisos. No 7.º inciso (1.º membro da 2.ª frase do 2.º período) temos a única cadência intermédia desta peça que se situa em modo diverso do tetradus, neste caso em protus em ré no hexacórdio natural. Este possui características que podem remeter para a extensão plagal de protus em ré, quer pelo uso das cordas de recitação ré (final), fá (dominante principal) e sol (dominante secundária), quer pela citação da quarta plagal sob a forma usual de lá, dó, ré. Os três incisos finais (1.º e 2.º incisos do 1.º membro, e 2.º membro desta frase) são em tudo idênticos aos três primeiros incisos deste aleluia que constituem a antífona do mesmo.
2. [...]

3.
  1. Epitáfio de Seikilus de autor anônimo [música grega].
  2. Conductus «Ave virgo virginum» de autor anônimo.


ATC II
  1. Sol maior: Ia | IVa Va via Vb | iia V7a Ia Vb | Ia IVb Ib IVa | Va _ Ia ||
  2. [...]
  3. 1. c); 2. b); 3. b); 4. c); 5. a); 6. b); 7. d); 8. a); 9. c); 10. c); 11. b); 12. d).

Enunciados das provas escritas de avaliação

Os enunciados das provas escritas de avaliação realizadas em dezembro de 2012 são os que a seguir se colocam. Note-se que os enunciados das provas do 1.º ano de Análise e Técnicas de Composição (ATC), e do 2.º ano, módulo IV, de Teoria e Análise Musical, diferem entre si somente no respetivo cabeçalho.

  1. ATC I / TAM II (MOD IV)
  2. ATC II
    • Prova única: ATC

Resultado das provas escritas de avaliação

Relativamente às provas escritas realizadas pelos meus alunos de ATC e TAM entre entre os dias 4 e 7 de dezembro, os elementos estatísticos referentes aos resultados nas mesmas obtidos foram os seguintes:
  1. ATC I
    • Mínimo: 6,6 Valores;
    • Máximo: 19,8 Valores;
    • Mediana: 14,6 Valores;
    • Desvio Padrão: 4,3 Valores.
  2. ATC II
    • Mínimo: 16,2 Valores;
    • Máximo: 18,8 Valores;
    • Mediana: 17,5 Valores;
    • Desvio Padrão: 1,8 Valores. 
  3. TAM Módulo IV A
    • Mínimo: 0,7 Valores;
    • Máximo: 15,1 Valores;
    • Mediana: 10,5 Valores;
    • Desvio Padrão: 4,6 Valores.
  4. TAM Módulo IV B
    • Mínimo: 16,4 Valores;
    • Máximo: 17,6 Valores;
    • Mediana: 17,0 Valores;
    • Desvio Padrão: 0,9 Valores.
É de ter em conta que as provas realizadas pelo Módulo IV A de TAM eram idênticas às de ATC I e as realizadas pelo Módulo IV B de TAM eram idênticas às de ATC II. Assim, é possível afirmar, com base nos elementos de análise estatística acima apresentados, que o desempenho dos alunos do Módulo IV A de TAM é bastante inferior ao dos alunos de ATC I, a esmagadora maioria dos mesmos frequentando o curso secundário de música em regime supletivo. Ou seja, os alunos que possuem melhores condições de dedicação exclusiva à escola, e cujo custo anual é superior, têm um desempenho significativamente inferior aos alunos sem dedicação exclusiva à escola e cujo custo anual é inferior. Dá que pensar...!